São Paulo uma diversidade arquitetônica
Dois lugares e conjuntos arquitetônicos completamente diferentes
Por Thais Genovese
Avenida Paulista, uma avenida larga que conforma hoje em dia um centro econômico e possui uma arquitetura correspondente. Há entretanto aqueles edifícios que são como ícones não somente para especialistas, mas para a população que os utiliza tais como o Conjunto Nacional feito pelo arquiteto David Libeskind em 1955 e o edifício Quinta Avenida feito pelo arquiteto Pedro Paulo de Melo Saraiva em 1959. Mas o que se destaca ali é a sua qualidade espacial, do ambiente urbano da avenida as calçadas com um monte de gente vendendo tudo quanto é coisa, gente dançando e gente cantando além da legibilidade e a diversidade programática.
A Rua Augusta, deve-se destacar, pois além de ser uma centralidade comercial e cultural, nos presenteia em alguns momentos de sua extensão, por uma tipologia de interesse a galeria. Assim, ainda que de dimensões restritas como as calçadas por exemplo, apresenta alguns momentos em que um “respiro” se dá para o pedestre que caminha e que, pela galeria, adentra o interior da quadra.
A Augusta, no trecho do centro, era um dos lugares mais cosmopolitas que tínhamos na cidade. Isso vem se alterando por causa da especulação imobiliária que, pelos péssimos projetos destrói na maior parte das vezes, a possibilidade da diversidade social (pela gratificação que causa) e os térreos da cidade (porque separa o edifício da rua, com seus muros altos, guaritas e estacionamentos).
Falando na Avenida Paulista, Lizete Maria Rubano professora de arquitetura da Universidade Mackenzie comenta que: “acho bom a paulista ser fechada de domingo, é só observar o uso que se dá. Ela se transforma num grande parque e para lá convergem pessoas de muitos lugares da cidade. É uma experiência de convívio essencial para uma cidade que é tão segregadora como a nossa”, exclamou Lizete. É importante haja um convívio social numa cidade como a nossa porque só assim aprendemos a interagir com outras pessoas, e também descobrimos o que mais existe por traz dessa cidade que possui uma arquitetura e uma diversidade tão exuberante.
As transformações são tantas que com elas nossa cidade muda de aparência cada vez mais se mostrando uma selva de prédios, já que possui uma grande quantidade de prédios. De áreas habitacionais e comerciais a da chamada elite paulistana a centros empresariais e comerciais, alterando-se as arquiteturas e o ambiente urbano de todo dia.
A Avenida Paulista e a Rua Augusta estão passando por mudanças, mas principalmente a Augusta, com a grande ação do mercado imobiliário, que vem transformando a paisagem e gentrificando. Seus conjuntos arquitetônicos são cheios de recordações e lembranças, na Avenida Paulista ainda é possível encontrar arquiteturas da época da família imperial no Brasil, já na Augusta o que se encontra são dois lados com conjuntos arquitetônicos completamente diferentes.