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Foto de Matheus Pinheiro

De tudo e para todos; Galeria do Rock é sinônimo de diversidade em São Paulo

 

Por Matheus C.Pinheiro

 

Há muitos anos, na época da colonização portuguesa no Brasil, o país ganhou uma identidade que carrega até hoje: o multiculturalismo. A mistura entre europeus, índios e africanos é só o começo de uma diversidade. Diversidade à qual não se limita, variando entre culturas, etnias e credos. 

Do Rio Grande do Sul ao Amapá, de Alagoas ao Acre. Essa característica existente em território brasileiro não tem fronteiras. Seja imigrante da África, Europa, Ásia ou Oceania, o Brasil é um país de todos. E assim foi formada a cultura brasileira: uma mistura de povos. 

E obviamente, São Paulo não fugiria deste contexto. A maior cidade do país abriga colonias de diversos cantos do mundo, causando uma distinção cultural ainda maior. E dentre tantos locais existentes na capital, está a Galeria do Rock, um centro de compras. Localizado no Largo do Paissandu, o edifício - um tanto quanto tradicional -, é um marco de São Paulo. 

Conhecido oficialmente como Centro Comercial Grandes Galerias, o estabelecimento foi inaugurado em 1963. Contando atualmente com 450 lojas, o local é frequentado por cerca de 25 mil pessoas diariamente, chegando até 35 mil aos sábados e domingos. Não há como negar que a Galeria seja uma atração turística da cidade, consagrando-se um point entre tribos urbanas e subculturas.

No entanto, aonde a Galeria do Rock encaixa-se no contexto de diversidade cultural? Para quem não conhece, o ambiente parece ser apenas um centro de compras e encontro para roqueiros. Mas engana-se quem pensa assim. Mais do que isso, o centro comercial é reflexo de nosso país; reflexo também da nossa cidade paulistana. Abriga de tudo e para todos. 

De um sub-solo destinado aos artigos de Hip-Hop e da Cultura Black até os últimos andares, dos góticos e roqueiros, a Galeria varia em sua diversidade cultural. São lojas de skatistas, surfistas, esportistas, entre outros. Estúdios de tatuagem, confecções de roupas e acessórios também estão presentes. Sem esquecer da comida, que também é bastante variada. 

Basta andar alguns minutos pelo local para perceber que a diversidade também está nas pessoas que frequentam. É possível ver dos mais variados estilos. Mas e o preconceito, tem espaço? Pelo menos para Anderson Ferreira, 31 anos, não: "Optei por uma loja de rock por gostar do estilo musical, mas não vejo problema nas diferenças do ambiente. Eu, pelo menos, trabalho há algum tempo aqui e nunca vi nada. Um ambiente profissional pede essa harmonia", conclui o vendedor.

Clayson Santos trabalha em uma loja de cultura Black e compartilha da mesma opinião de Anderson: "Acho interessante essa diversidade que temos aqui na Galeria. Eu mesmo, conheço geral por aqui, de todos os estilos. Procuro sempre passar nas lojas para acompanhar as novidades e também trocar uma ideia com os colegas. Essa união entre culturas diferentes é bacana e dá certo, sim" afirma o vendedor de 27 anos.

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